domingo, 26 de julho de 2015

"QUERO MEU DIREITO DE SER ANORMAL!"



"QUERO MEU DIREITO DE SER ANORMAL!"

A frase é do escritor João Silvério Trevisan, gay assumido, numa entrevista para a Revista Caros Amigos, há mais de 15 anos.

Adoro essa frase.
Sim, a homossexualidade é natural, mas não é normal, porque as normas construídas pelas religiões e pelos Estados tem sido encarcerar ou matar essa gente ou fazer de conta que não existem. E agora alguns Estados deixam as religiões para trás para encarar a realidade.
Da mesma forma, ser ateu não é normal, porque logo que nascemos nos imergem numa cultura profundamente religiosa. Os Estados modernos, a partir do momento em que se divorciaram da religião, abriram garantias que permitem aos seus cidadãos não viverem de acordo com as normas religiosas. Assim, Estados legalizaram o direito à livre consciência (crer ou não crer - eis a questão), ao aborto, ao divórcio, ao casamento entre iguais etc.

Querer dar às igrejas o poder de questionar o Supremo é apunhalar a laicidade do Estado, determinada no artigo 19 da Constituição Federal, e o direito à livre consciência, artigo 5, inciso VI.
Não, não me venham com esse papo de que querem salvar minha alma. Eu não acredito em alma e, se acreditasse, não quereria ir para um Céu cheio de gente asquerosa como vocês, fundamentalistas.


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