Poderosa mentirosa que nos enfadonha na bondade
Roubaste ignóbil o que não te há competência
Em imagem adorada amavelmente
Com zelo prostrado em ineficiência
Com arrotos de velhos caducos
Estadistas decrépitos pelo poder crescente
Imputam novo frenesi constante
Nas mentes e almas da pobre gente
Amparadas as deusas das alegrias anteriores
Sacerdotisas se amavam para a Natureza exaltar
Esta, aliada ao Tempo
Este não lhe fazia ter o que clamar
Falsos profetizam em demasia
Clamam-na para o lucro monstruoso
Apelam em medo e subservir maldito
Inquisitam para a morte o que vem temeroso
Senhora Virgem nascida da beleza pagã
Athor, Tiamat, Isis, Ártemis,
Beleza da mãe terra perdida
Onde matam sem evocar a justa Têmis
Pulhas que vangloriam uma mãe desnaturada
Prendem-se a pronomes insossos
Eis que a Natureza-mãe te injuria
Voltarás ao cadafalso que para muitos deve endosso
Henrique Campanilli
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