segunda-feira, 12 de agosto de 2013

#Um Ateu - Bertrand Russell - Um Exemplo de Filósofo


     Neste #Um Ateu falaremos sobre um fantástico filósofo que, com seus conceitos e escritos, ajudou a mudar o mundo e as concepções, sempre tendendo ao respeito e a paz.
       Bertrand Arthur William Russell, 3º Conde Russell OM FRS (Ravenscroft, País de Gales, 18 de Maio de 1872 — Penrhyndeudraeth, País de Gales, 2 de Fevereiro de 1970) foi um dos mais influentes matemáticos, filósofos e lógicos que viveram no século XX. Político liberal, ativista e um popularizador da filosofia, Russell foi respeitado por inúmeras pessoas como uma espécie de profeta da vida racional e da criatividade. A sua postura em vários temas foi controversa.
        Nascido no auge do poderio econômico e político do Reino Unido, Russell pertenceu a uma família aristocrática inglesa. O seu avô paterno, Lord John Russell tinha sido primeiro-ministro nos anos 1840 e era ele próprio o segundo filho do sexto duque de Bedford, de uma família Whig (partido liberal, que no século XIX foi muito influente e alternava no poder com os conservadores - "Tories"). Seus pais eram extremamente radicais para o seu tempo. Seu pai, o Visconde de Amberley, falecido quando Bertrand tinha 4 anos, era um ateísta que se resignou com o romance de sua mulher com o tutor de suas crianças. A sua mãe, Viscondessa de Amberley (que faleceu quando Bertrand tinha apenas 2 anos de idade) pertencia a uma família aristocrática. O padrinho de Bertrand foi o filósofo utilitarista John Stuart Mill.
     Apesar dessa origem um tanto quanto ‘excêntrica’, a infância de Russell levou um rumo relativamente convencional. Após a morte de seus pais, Russell e o seu irmão mais velho Frank (o futuro segundo conde) foram educados pelos avós, bem no espírito vitoriano - o conde Lord John Russell e a condessa Russell, sua segunda mulher, Lady Frances Elliott. Com a perspectiva do casamento, Russell despede-se definitivamente das expectativas dos seus avós. 
         Durante os anos de 1903 e 1904, Russell se engajou em campanhas políticas, nomeadamente aqueles a favor do livre comércio e, entre 1906 e 1910, ele se levou em campanhas políticas em favor do sufrágio feminino, tendo como algumas de suas metas a luta pelo direito das mulheres de votar em eleições políticas. Concorreu como o candidato para a união nacional das sociedades de sufrágio feminino em Wimbledon, e tendo também concorrido – sem sucesso – para o Parlamento, nos anos de 1907, 1922 e 1923.
        Durante o final dos anos 1920 e início dos anos 1930, junto a sua segunda esposa Dora, ele abriu uma escola experimental em Beacon Hill, em uma tentativa de transformar a educação, de modo a eliminar a possessividade da educação e a mentalidade bélica enraizada no pós-guerra. Após a morte de seu irmão em 1931, Russell tornou-se o terceiro conde Russell.
        Russell foi para os Estados Unidos em 1938 e lecionou por anos em várias universidades. Nesse período foi convidado a lecionar no City College, em Nova York. Sua nomeação foi revogada após a fúria dos fanáticos de todas as denominações e uma decisão judicial, em 1940, que declarou que ele era “moralmente inapto” para ensinar no Colégio, alegando que suas obras eram "lascivas, libidinosas, maniacamente eróticas, afrodisíaco, irrelevante, intolerante, mentiroso e desprovido de fibra moral". Nove anos depois, em 1949, ele foi condecorado com a Ordem do Mérito do Reino Unido, e recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1950 ("em reconhecimento dos seus variados e significativos escritos, nos quais ele lutou por ideais humanitários e pela liberdade do pensamento"). Ele é o único filósofo a receber ambos os prêmios.
        Durante os anos 1950 e 1960, Russell tornou-se inspiração para os jovens, como resultado de seus contínuos protestos anti-guerra e anti-nuclear. Em 1955, lançou o Manifesto Russell-Einstein, junto com Albert Einstein, exigindo a redução das armas nucleares. Em 1957, ele foi um grande organizador da primeira Conferência Pugwash2, que reuniu cientistas preocupados com a produção e proliferação de armas nucleares e tendo se tornado – em 1958 – o presidente fundador da Campanha pelo Desarmamento Nuclear. Em 1961, ele foi novamente preso por dois meses em função destes protestos. Sob recurso, a sentença foi reduzida a uma semana no hospital da prisão.
       Ao longo de sua vida Russell também foi um moralista extremamente franco e agressivo na tradição racionalista de Locke e Hume. Seus muitos ensaios sobre moral são escritos em um estilo conciso, vívida e provocante. Qualidades notáveis de seus livros são a direção firme de o curso das ideias, sua capacidade de continuar ou verificar uma discussão de acordo com a sua intenção principal, e em particular a sua facilidade no humor e sua ironia devastadora. Sua maior realização literária foi a sua História da Filosofia Ocidental (1946). Ao longo de sua longa carreira, Russell fez contribuições significativas, não apenas à lógica e filosofia, mas a uma ampla gama de outros assuntos, incluindo educação, política, história, religião e ciência. Morreu aos 97 anos, vítima de uma gripe, quando o império britânico se tinha enfraquecido e seu poder sido drenado em duas guerras vitoriosas, mas debilitantes. Até à sua morte, a sua voz deteve sempre autoridade moral, e após ela, mantém-se uma figura muito conhecida e admirada.

Fontes:
personal.kent.edu/~rmuhamma/Philosophy/bertrandRussell.html
Bertrand Russell - Wikipédia

Postado por:

0 comments:

Postar um comentário

Trailer do Hangout d'ARCA